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O espelho despedaçado: cinco poemas para uma memória negra
Abstract
O autor desta obra apresenta cinco poemas originais com um prefácio refletivo sobre o estado atual da negritude e sua memória no Brasil. No prefácio, a memória aparece como enigma, uma decisão sobre o que lembrar e como lembrar ou então, totalmente esquecer, tanto do indivíduo bem como da nação. O autor também se questiona a própria legitimidade, ele sendo escritor branco estadunidense escrevendo sobre a experiência negra, para depois tentar provocar o leitor a pensar teórica e literariamente sobre esse assunto racializado em pauta. De fato, a memória negra é, ele argui, um dos temas mais importantes e menos tocados na soceidade brasileira, já que retrata um problema preocupante: a negação da pessoalidade ao negro. Por isso, a memória do negro se faz inválida como ser independente, e apenas se legitima quando o Estado brasileiro a declara patrimônio da nação, assim abrindo o caminho para uma invasão pública. Vê-se a cor negra como produto de outrora―particularmente através da sexualidade―em vez de ser constantemente reproduzida culturalmente na atualidade, assim também tirando dessa memória o direito do tempo. O escritor, dado essa situação, declara a poesia um gênero literário criativo já que sempre rememorará o que e como quiser, além de desrespetar a sintaxe cronológica.
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